ATENÇÃO: esta resenha contém informações reveladoras sobre o enredo de “Beyond the Dark Portal”.
Beyond the Dark Portal poderia ser intitulado “Tides of Darkness parte II”. Neste livro, a queda da Horde na Segunda Guerra, dramatizada no romance anterior, torna-se somente um revés ao poderio de um mundo guerreiro que se recusa a declarar derrota. Com a reabertura do Dark Portal, as forças da Alliance precisarão exumar a Segunda Guerra, para, de uma vez por todas, vencer a necromancia da Horde e impedir a destruição não somente de Azeroth, berço da humanidade, mas de todo o universo. Dessa vez, a Horde descobrirá o verdadeiro significado de resistência, na medida em que a Segunda Guerra acontecerá em seu próprio mundo – Draenor.
Nesta resenha na série Warcraft, atentaremos às transformações pelas quais a civilização dos orcs passou nos anos que circunscrevem sua unificação e as três sucessivas grandes guerras protagonizadas por eles, numa série de tramas que vão de seu apogeu à sua queda, para identificarmos as mudanças mentais ocorridas no núcleo dessa cultura e, com efeito, questionar o carácter guerreiro da Horde. Nesse percurso, será necessário identificar esse caráter como o elemento fundante da cultura dos orcs, para vislumbrarmos as possíveis rupturas e permanências no conjunto de crenças e ideais que a constituem e, desse modo, caracterizam a Orcish Horde. Com isso, será possível compreender o processo de desvanecimento de uma civilização guerreira nobre, que culmina, em Beyond the Dark Portal, numa colcha de retalhos de orcs, por meio da qual há a propagação de pura violência e banho de sangue. Continuar lendo “Beyond the Dark Portal”